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1.
Pesqui. vet. bras ; 39(3): 163-167, Mar. 2019. tab
Artigo em Inglês | VETINDEX, LILACS | ID: biblio-1002803

RESUMO

Sudden deaths after colostrum ingestion in kids and lambs born to mothers grazing in areas with Amorimia septentrionalis have been reported in the Brazilian northeastern semi-arid region, in Paraíba state. This study aimed to determine whether the sodium monofluoracetate (MF) contained in A. septentrionalis is eliminated in milk, causing the death of kids. After confirming gestation on the 25th day after mating, 26 goats were randomly distributed into three groups. In Group 1, eight goats received fresh leaves of A. septentrionalis in daily doses of 1g/kg body weight, administered at three different periods during gestation: from days 91 to 100, 116 to 125, and from day 140 until delivery day. In Group 2, consisting of 10 females, eight goats received 1g/kg body weight of A. septentrionalis dried and milled leaves, fed daily from the 140th day of gestation until delivery. The other two goats of this group did not ingest the plant during gestation and after delivery the colostrum supplied to their kids was replaced by colostrum of goats from that same group that had ingested the plant. Eight goats from Group 3 (control) did not ingest A. septentrionalis. Seven goats from Group 1 showed signs of poisoning from 2nd to 8th days of plant administration, in all periods, and recovered within 7 to 12 days. Another goat presented severe clinical signs and was submitted to euthanasia in extremis. Two goats aborted. Four kids, from two goats, received colostrum and, after 15 minutes, presented depression, breathing wheezing, lateral recumbence, bleating, and death. Two goats gave birth at night; the two kids were found dead and, at necropsy, it was verified that they were born alive. The last goat in this group gave birth to two kids which showed no signs of poisoning after colostrum ingestion. In Group 2, the eight goats that ingested dry leaves of the plant presented tachycardia and engorgement of the jugular veins; six aborted, and the kids of the other two goats died immediately after delivery without ingesting colostrum. The three kids of the two goats that did not ingest the plant during gestation did not show signs of poisoning after ingesting colostrum from the goats that had ingested the plant. In Group 3, all females kidded normally and the kids showed no signs of poisoning. Ten leaf samples of A. septentrionalis contained 0.00074% ±0.00018 MF. These results demonstrate that the MF of A. septentrionalis is eliminated in colostrum and may cause the death of kids. As in previous reports, the plant also caused abortion.(AU)


Mortes súbitas, após a ingestão do colostro, em cabritos e cordeiros nascidos de mães que pastejam em áreas com Amorimia septentrionalis são relatadas no semiárido da Paraíba. O objetivo deste trabalho foi determinar se o monofluoracetato de sódio (MF) contido em Amorimia septentrionalis é eliminado pelo leite, causando a morte dos cabritos. Após a confirmação da gestação no 25º dia após a cobertura, 26 cabras foram aleatoriamente distribuídas em três grupos. No Grupo 1, oito cabras receberam folhas frescas de A. septentrionalis em doses diárias de 1g/kg de peso vivo, administradas em três períodos diferentes durante a gestação: entre os dias 91 a 100, 116 a 125 e do 140º dia até o parto. No Grupo 2, composto por 10 fêmeas, oito cabras receberam 1g/kg de peso vivo de folhas secas e trituradas de A. septentrionalis, fornecida diariamente do 140º dia de gestação até o parto. As outras duas cabras desse grupo não ingeriram a planta durante a gestação e, ao parirem, o colostro fornecido aos seus cabritos foi substituído pelo colostro de cabras, desse mesmo grupo, que ingeriram a planta. Oito cabras do Grupo 3 (controle) não ingeriram A. septentrionalis. Sete cabras do Grupo 1 apresentaram sinais de intoxicação entre o 2º e 8º dia de administração da planta, em todos os períodos, e se recuperavam em 7 a 12 dias. Outra apresentou sinais clínicos graves e foi eutanasiada in extremis. Duas cabras abortaram. Quatro cabritos, oriundos de duas cabras, receberam colostro e, após 15 minutos, apresentaram depressão, respiração ofegante, decúbito lateral, berros e morte. Dois cabritos, nascidos de duas cabras que pariram durante a noite, foram encontrados mortos e os achados de necropsia permitem afirmar que nasceram vivos. A outra cabra desse grupo pariu dois cabritos que, mesmo mamando o colostro, não apresentaram sinais de intoxicação. No Grupo 2, as oito cabras que ingeriram a planta seca apresentaram taquicardia e ingurgitamento das veias jugulares; seis abortaram e os cabritos das outras duas morreram imediatamente após o parto, sem ingerir colostro. Os três filhotes das duas cabras que não ingeriram a planta durante a gestação não apresentaram sinais de intoxicação após ter ingerido colostro das cabras que tinham ingerido a planta. No Grupo 3, todas as fêmeas pariram normalmente e os filhotes não apresentaram sinais de intoxicação. Dez amostras de folhas de A. septentrionalis continham 0,00074% ± 0,00018 de MF. Estes resultados demonstram que o MF de A. septentrionalis, além de causar abortos, é eliminado pelo colostro podendo causar a morte dos cabritos.(AU)


Assuntos
Animais , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Intoxicação por Plantas/mortalidade , Plantas Tóxicas/envenenamento , Cabras , Mortalidade Infantil , Colostro , Malpighiaceae/toxicidade , Leite/toxicidade , Fluoracetatos/envenenamento , Aborto Animal/mortalidade
2.
Pesqui. vet. bras ; 37(12): 1423-1429, dez. 2017. tab, ilus
Artigo em Português | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-895404

RESUMO

A ingestão de Senecio spp. (maria-mole) é, possivelmente, a principal causa de morte de bovinos por agentes tóxicos nas regiões central e sul do Rio Grande do Sul. Ao considerar a limitação de informações acerca dessa condição no Oeste do Rio Grande do Sul, esse trabalho objetiva descrever os principais aspectos epidemiológicos e clínico-patológicos da seneciose em bovinos nessa região. O estudo foi realizado por meio da aplicação de questionários em 16 propriedades rurais de municípios da região que apresentaram casos suspeitos da intoxicação em bovinos, de agosto de 2011 a março de 2014. Durante as visitas as propriedades foram coletadas plantas do gênero Senecio para identificação botânica, bem como se procedeu a coleta de fragmentos de fígado através de biópsia transtorácica para confirmação da intoxicação. As espécies de Senecio mais frequentes nas propriedades foram S. brasiliensis e S. heterotrichius. De um total de 88 bovinos, de nove propriedades distintas, que apresentaram falha no ganho de peso, 69 animais (aproximadamente 80%) foram positivos para seneciose crônica por apresentarem lesões características da intoxicação, tais como fibrose periportal (78% dos casos), megalocitose (76% dos casos) e proliferação de ductos biliares (68% dos casos), classificadas entre discretas e acentuadas. O trabalho confirmou a ocorrência da doença, mesmo em bovinos sem sinais clínicos evidentes. Os resultados obtidos nessas avaliações foram fundamentais para orientar proprietários e técnicos quanto às principais características da doença e às formas de controle a serem adotadas. O emprego da biópsia hepática possibilitou o diagnóstico precoce da intoxicação e auxiliou os criadores quanto ao descarte mais criterioso de bovinos e a real situação da intoxicação no rebanho, minimizando as perdas econômicas.(AU)


The ingestion of Senecio spp. (ragwort) is perhaps the leading cause of death of cattle in central and southern Rio Grande do Sul, Brazil. Considering the limited information about this condition in the Western region of Rio Grande do Sul, Brazil, this paper describes main epidemiological clinical and pathological aspects of seneciosis in cattle. The assessments were made through questionnaires on 16 rural properties which had suspected cases of poisoning in cattle, from August 2011 to March 2014. During the visits were evaluated epidemiological aspects of poisoning and performed sample collection of Senecio plants for botanical identification, as well as collection of liver samples using transthoracic biopsy for confirmation of the poisoning. Senecio species most common on farms were S. brasiliensis and S. heterotrichius. From 88 cattle that failed to thrive on nine different farms, 69 animals (about 80%) were positive for chronic seneciosis with periportal fibrosis (78% of cases), megalocytosis (76% of cases) and with bile duct proliferation (68% of cases). Lesions were classified as mild, moderate or marked. The current study confirms the occurrence of this poisoning, even in cattle without evident clinical signs. The use of liver biopsy enabled the early diagnosis of poisoning and helped farmers carefully to dispose affectd cattle, as well as to recognize the real situation of poisoning in the herd and minimize economic losses.(AU)


Assuntos
Animais , Bovinos , Intoxicação por Plantas/veterinária , Intoxicação por Plantas/epidemiologia , Alcaloides de Pirrolizidina/toxicidade , Senécio/toxicidade , Doenças dos Bovinos/epidemiologia , Doença Hepática Crônica Induzida por Substâncias e Drogas/veterinária , Plantas Tóxicas
3.
Pesqui. vet. bras ; 37(12): 1401-1404, dez. 2017. tab, ilus
Artigo em Inglês | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-895395

RESUMO

Amorimia spp. are sodium monofluoroacetate (MFA) containing plants causing sudden death in ruminants. In a previous study, Amorimia rigida caused abortion in one of the five pregnant sheep that received the plant suggesting that it may cause reproductive losses. This work aimed to study the embryotoxic and fetotoxic effects of Amorimia septentrionalis in goats in the Brazilian northeastern semi-arid region. The effects of A. septentrionalis on pregnancy were studied in 16 goats, divided into four groups according to their gestational period. In Groups 1, 2 and 3 the administration of A. septentrionalis at the daily dose of 5g of leaves per kg body weight was started on the 18th, 36th and 93th days of gestation, respectively. Goats from Group 4 did not ingest the plant. When the goats presented severe signs of poisoning the administration of the plant was suspended. Groups 1, 2 and 3 ingested the plant for 7.25±2.87, 9.25±2.21 and 12.50±0.57 days, respectively. All the goats recovered 7-12 days after the end of the administration of the plant. In Group 1, all the goats had embryonic death 6.25±3.59 days after the end of the ingestion of the plant. In Group 2, three goats aborted at 53, 54 and 78 days of gestation. Two goats from Group 3 gave birth normally and the other two aborted at 114 and 111 days of gestation. It is concluded that Amorimia septentrionalis is a sodium monofluoracetate-containing plant that causes embryonic deaths and abortions in goats that ingest non-lethal doses of the plant.(AU)


Amorimia spp. são plantas que contém monofluoroacetato de sódio (MFA), responsáveis por causar morte súbita em ruminantes. Em estudo prévio, Amorimia rigida causou aborto em uma de cinco ovelhas prenhas que receberam a planta, sugerindo que pode causar perdas reprodutivas. Este trabalho teve como objetivo estudar os efeitos embriotóxicos e fetotóxicos de Amorimia septentrionalis em caprinos na região semi-árida nordestina brasileira. Os efeitos de A. septentrionalis na prenhez foram estudados em 16 cabras, divididos em quatro grupos de acordo com seu período gestacional. Nos grupos 1, 2 e 3 a administração de A. septentrionalis foi diária, na dose de 5g de folhas por kg de peso corporal, iniciada nos dias 18, 36 e 93 da gestação, respectivamente. As cabras do grupo 4 não ingeriram a planta. Quando as cabras apresentavam sinais severos de intoxicação suspendia-se a administração da planta. Os grupos 1, 2 e 3 ingeriram a planta por 7,25±2,87, 9,25±2,21 e 12,50±0,57 dias, respectivamente. Todas as cabras se recuperaram 7-12 dias após o final da administração da planta. No grupo 1, todas as cabras apresentaram quadros de mortalidade embrionária 6,25±3,59 dias após o término da ingestão da planta. No grupo 2, três cabras abortaram aos 53, 54 e 78 dias de gestação. Duas cabras do Grupo 3 deram à luz normalmente e as outras duas abortaram aos 114 e 111 dias de gestação. Conclui-se que Amorimia septentrionalis é uma planta que contém monofluoroacetato de sódio e pode ocasionar mortes embrionárias e abortos em cabras que ingerem doses não letais da planta.(AU)


Assuntos
Animais , Feminino , Gravidez , Intoxicação por Plantas/veterinária , Ruminantes , Malpighiaceae/toxicidade , Aborto Animal/etiologia , Plantas Tóxicas , Morte Súbita/veterinária , Fluoracetatos/toxicidade
4.
Pesqui. vet. bras ; 37(12): 1357-1368, dez. 2017.
Artigo em Inglês | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-895398

RESUMO

This review updates information about neurotoxic plants affecting ruminants and equidae in Brazil. Currently in the country, there are at least 131 toxic plants belonging to 79 genera. Thirty one of these poisonous plants affect the nervous system. Swainsonine-containing plants (Ipomoea spp., Turbina cordata and Sida carpinifolia) cause numerous outbreaks of poisoning, mainly in goats, but cattle and horses are occasionally affected. The poisoning by Ipomoea asarifolia, a tremorgenic plant, is very common in sheep, goats and cattle in the Northeastern region and in the Marajo island. Poisoning by the pods of Prosopis juliflora are frequent in cattle in Northeastern Brazil; occasionally this poisoning affects goats and more rarely sheep. Some poisonings by plants, such as Hybanthus calceolaria, Ipomoea marcellia and Talisia esculenta in ruminants and Indigofera lespedezioides in horses were recently described and needs to be accurately investigated about its occurrence and importance. Other plants poisonings causing nervous signs in ruminants and equidae are less important, but should be considered for the differential diagnosis of neurologic diseases.(AU)


Esta revisão tem por objetivo atualizar as informações sobre plantas neurotóxicas que afetam ruminantes e equinos no Brasil. Atualmente sabe-se que existe no país pelo menos 131 plantas tóxicas pertencentes a 79 gêneros. Trinta e uma espécies afetam o sistema nervoso. As plantas quem contém swainsonina (Ipomoea spp., Turbina cordata and Sida carpinifolia) causam numerosos surtos de intoxicação, principalmente em caprinos, mas bovinos e cavalos são ocasionalmente afetados. A intoxicação por Ipomoea asarifolia, uma planta tremorgênica, é muito comum em ovinos, caprinos e bovinos na região Nordeste e na ilha de Marajó. A intoxicação pelas vagens de Prosopis juliflora é frequente em bovinos no Nordeste do Brasil; ocasionalmente são afetados caprinos e mais raramente ovinos. Algumas intoxicações por plantas, como Hybanthus calceolaria, Ipomoea marcellia e Talisia esculenta em ruminantes e Indigofera lespedezioides em equinos foram recentemente descritas e precisam ser investigadas com precisão sobre sua ocorrência e importância. Outras intoxicações por plantas que causam sinais nervosos em ruminantes e equídeos são menos importantes, todavia devem ser consideradas para o diagnóstico diferencial de doenças neurológicas.(AU)


Assuntos
Animais , Intoxicação por Plantas/fisiopatologia , Intoxicação por Plantas/veterinária , Plantas Tóxicas , Ruminantes , Agentes Neurotóxicos/análise , Cavalos , Sistema Nervoso , Brasil
5.
Pesqui. vet. bras ; 37(2): 110-114, fev. 2017. ilus
Artigo em Inglês | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-833984

RESUMO

The aim of this paper is to describe the first report of spontaneous poisoning by Prosopis juliflora in sheep. From flock of 500 sheep at risk, four adult male sheep were affected. One died spontaneously and three other were examined, euthanized and necropsied. Neurologic examination focused particularly on motor and sensory-cranial nerve function, complete blood counts, serum biochemistry and urinalysis were done. The evolution of the disease was chronic and to present signs of poisoning, sheep had to ingest a diet containing at least 80% of P. juliflora pods during 21 months. The biochemistry revealed a substantial increase in creatine phosphokinase levels. Clinical signs included drooling of saliva, dropped jaw, tongue protrusion and loss of food from the mouth. Gross and histological lesions were similar to those previously reported in cattle and goats. Sheep are more resistant to poisoning by P. juliflora considering that it took 21 months of pod consumption to show clinical signs. There is no specific treatment for P. juliflora poisoning in ruminants.(AU)


O objetivo deste trabalho é descrever o primeiro caso de intoxicação espontânea por Prosopis juliflora em ovinos. De um total de 500 ovinos sob risco, quatro ovinos machos adultos foram afetados. Um ovino morreu espontaneamente e os outros foram examinados, eutanasiados e necropsiados. Realizaram-se exames clínicos direcionados particularmente para funções de nervos motores e sensoriais-craniais. Avaliou-se hemograma, perfil bioquímico sérico e urinálise. A evolução da doença foi crônica e para apresentar sinais de intoxicação os ovinos tiveram que ingerir uma dieta contendo 80% das vagens de P. Juliflora durante 21 meses. Os níveis de creatinofosfoquinase estavam significativamente elevados. Os sinais clínicos consistiram em sialorreia, mandíbula pendulosa, protusão da língua e perda de alimento pela boca. As lesões macroscópicas e microscópicas foram similares àquelas reportadas previamente em bovinos e caprinos. Ovinos são mais resistentes à intoxicação por P. Juliflora, tendo em vista que foi necessário 21 meses de consumo das vagens para que os ovinos apresentassem sinais clínicos. Não há tratamento específico para a intoxicação por P. Juliflora em ruminantes.(AU)


Assuntos
Animais , Plantas Tóxicas/toxicidade , Prosopis/toxicidade , Ovinos , Testes Hematológicos/veterinária
6.
Pesqui. vet. bras ; 37(1): 23-30, jan. 2017. ilus., tab.
Artigo em Inglês | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-837446

RESUMO

Ingestion of Enterolobium contortisiliquum pods causes digestive disturbances, secondary hepatogenous photosensitization and abortions in ruminants. Pods were administered to sheep via a ruminal cannula to characterize acute poisoning. In Experiment 1, a single dose of 12g/kg of body weight (BW) was administered to three sheep in one experiment. One sheep died, and the other two recovered after presenting clinical signs. In Experiment 2, 10g/kg BW were administered daily to 15 sheep until the onset of clinical signs or for three consecutive days. Fourteen sheep showed mild to severe signs after the ingestion of 1-3 doses. Two sheep died, and the others recovered. Clinical signs in both experiments were diarrhea, anorexia, rumen atony, apathy, dehydration and tachypnea. The main macroscopic findings were an orange, frothy ruminal content witch contained pods fragments. The intestinal content was liquid. Detachment of the mucosa from the submucosa and ballooning degeneration of mucosal cells were observed histologically in the forestomachs. Evaluation of ruminal contents revealed acute lactic ruminal acidosis (ALRA). Bromatological analysis of E. contortisiliquum pods revealed 537.8g/kg DM (dry matter) of non-fibrous carbohydrates, which is sufficient to cause ALRA. Only one sheep in Experiment 2 had liver failure, characterized by jaundice, elevated serum activity of liver enzymes and histological lesions in liver biopsies. It is concluded that the administration of E. contortisiliquum pods in forage-fed sheep at doses of 10g/kg BW or higher may cause ALRA. The induction of liver failure in one sheep suggests that liver damage may occur in those sheep that do not develop acidosis.(AU)


A ingestão das favas de Enterolobium contortisiliquum causa distúrbios digestivos, fotossensibilização hepatógena e abortos em ruminantes. Para caracterizar a intoxicação aguda, favas de E. contortisiliquum foram administradas a ovinos por meio de cânula ruminal. No Experimento 1, uma dose única de 12g/kg de peso corporal (pc) foi administrada a três ovinos. Um dos ovinos morreu e os outros dois se recuperaram após mostrar sinais clínicos. No experimento 2, 10g/kg/pc foram administradas diariamente a 15 ovinos, por três dias consecutivos ou até o parecimento dos sinais clínicos. Catorze ovinos mostraram sinais clínicos leves a acentuados após ingestão de 1-3 doses. Dois ovinos morreram e os outros se recuperaram. Observou-se nos ovinos dos experimentos 1 e 2, diarreia, anorexia, atonia ruminal, apatia, desidratação e taquipneia. Os principais achados macroscópicos incluíram conteúdo ruminal espumoso e alaranjado em meio ao qual se observavam fragmentos das favas de E. contortisiliquum, e conteúdo intestinal líquido. Histologicamente, havia degeneração balonosa e desprendimento do epitélio de revestimento dos pré-estomagos. A avaliação do conteúdo ruminal revelou acidose ruminal láctica aguda (ARLA). Análise bromatológica das favas de E. contortisiliquum revelou 537.8g/kg de matéria seca de carboidratos não fibrosos, quantidade suficiente para causar ARLA. Um ovino do Experimento 2 teve insuficiência hepática aguda, caracterizada por icterícia, elevação da atividade sérica das enzimas hepáticas e alterações histológicas observadas em biópsia hepática. Concluiu-se que a administração de favas de E. contortisiliquum na alimentação de ovinos, nas doses de 10g/kg pc ou maiores, pode causar ARLA. A ocorrência de insuficiência hepática num dos ovinos deste experimento sugere que a lesão hepática pode se desenvolver em ovinos que não apresentam ARLA.(AU)


Assuntos
Animais , Acidose/veterinária , Fabaceae/toxicidade , Intoxicação por Plantas/veterinária , Ovinos , Insuficiência Hepática/veterinária , Transtornos de Fotossensibilidade/veterinária
7.
Pesqui. vet. bras ; 34(5): 433-437, May 2014. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-714713

RESUMO

Amorimia septentrionalis contém monofluoracetato de sódio e quando consumida por ruminantes provoca morte súbita. Este estudo teve o objetivo de relatar a epidemiologia, os sinais clínicos e patológicos de surtos de morte súbita em bovinos provocadas por Amorimia septentrionalis nos Estados de Pernambuco e Paraíba. Para isso, realizaram-se visitas técnicas em diversas propriedades nas Microrregiões do Médio Capibaribe/PE e Itabaiana/PB. Oito bovinos foram necropsiados. Coletaram-se tecidos das cavidades abdominal e torácica, além do encéfalo e medula espinhal. As alterações clínicas consistiram em lentidão, decúbito esternal prolongado, relutância em se movimentar quando em estação, cansaço, taquipneia, taquicardia e pulso venoso positivo. Os bovinos que foram forçados a se movimentar apresentaram instabilidade, tremores musculares e queda repentina seguida de vocalizações, movimentos de pedalagem e morte súbita em cerca de 5 a 7 minutos. As principais alterações macroscópicas consistiram em edema pulmonar, coração com aspecto globular com áreas esbranquiçadas, petéquias e equimoses no epicárdio, miocárdio e músculos papilares. À microscopia observou-se aumento da eosinofilia do citoplasma dos cardiomiócitos, núcleos picnóticos, cariorrexia, cariólise, perda das estriações, edema intersticial, infiltrado inflamatório intersticial mononuclear e áreas multifocais de fibrose cardíaca. Nos rins, constatou-se degeneração hidrópico vacuolar e necrose das células epiteliais em túbulos contorcidos. Os sinais clínicos foram semelhantes aos sinais clínicos já descritos em bovinos por plantas que contém MFA. As lesões macro e microscópicas descritas no coração e rins são de grande valor diagnóstico. A. septentrionalis é a principal planta tóxica de interesse pecuário nas microrregiões do Médio Capibaribe e Itabaiana devido às perdas econômicas diretas e indiretas que provoca na pecuária dessas regiões.


Amorimia (Mascagnia) septentrionalis contains sodium monofluoracetate and when consumed by ruminants cause outbreaks of sudden death. This study aimed to describe the epidemiology, clinical and pathological signs of outbreaks of sudden deaths in cattle caused by A. septentrionalis in the states of Pernambuco and Paraíba. For this, technical visits where made on various properties in the regions of Médio Capibaribe/PE and Itabaiana/PB. Eight cattle were necropsied. Tissues were collected from abdominal and thoracic cavities, besides brain and spinal cord. The clinical changes consisted in apathy, prolonged sternal recumbency, reluctance to move, fatigue, tachypnea, tachycardia and positive venous pulse. The animals that were forced to move showed instability, muscular tremors and then a single fall followed by vocalizations, paddling and death in 5-7 minutes. Macroscopic changes consisted in pulmonary edema, globular heart with whitish areas, petechiae and ecchymosis in the epicardium, myocardium and papillary muscles. Microscopically there was an increase of eosinophilia of cytoplasm of cardiomyocytes, picnosis, cariorrexia, karyolysis, loss of striations and multifocal areas of cardiac fibrosis. In the kidney, there was hydropic vacuolar degeneration and necrosis of epithelial cells in convoluted tubules. The clinical signs presented by the cattle poisoned were similar to those previously described by plants containing MFA. The macroscopic and microscopic lesions described in the heart and kidneys are of great diagnostic value. A septentrionalis is the main toxic plant of livestock interests in the studied regions due to direct and indirect economic losses in livestock that causes.


Assuntos
Animais , Bovinos , Bovinos , Coração/fisiopatologia , Fibrose/veterinária , Fluoracetatos/toxicidade , Plantas Tóxicas/envenenamento , Epidemiologia , Intoxicação por Plantas/veterinária , Sintomas Toxicológicos/envenenamento
8.
Pesqui. vet. bras ; 34(2): 147-152, fev. 2014. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-709858

RESUMO

Descreve-se um surto de intoxicação por Senna obtusifolia em bovinos no estado de Mato Grosso do Sul, na região do Pantanal. Em um lote de 313 novilhas, 165 adoeceram e morreram (coeficientes de morbidade de 52,7% e de letalidade de 100%). Os bovinos permaneceram no piquete infestado pela planta por 37 dias. Os sinais clínicos consistiram em relutância em movimentar-se, andar trôpego (incoordenação), decúbito esternal permanente, diminuição do tônus de língua, estado comportamental em alerta, mioglobinúria caracterizada por urina castanho-escuro e fezes ressecadas com ou sem muco (ocasionalmente diarreicas com estrias de sangue). As principais alterações macroscópicas observadas nos 12 bovinos necropsiados estavam nos músculos esqueléticos dos membros pélvicos e foram caracterizadas por graus variáveis de palidez nos grupos musculares. Histologicamente, a lesão mais relevante encontrada foi degeneração e necrose segmentar multifocal nos músculos estriados esqueléticos (miopatia degenerativa tóxica multifocal polifásica). O diagnóstico da intoxicação baseou-se na epidemiologia (massa de forragem e de planta tóxica, análise da lotação do piquete e análise da precipitação pluviométrica), no quadro clínico dos animais e nos achados de necropsia e histopatologia.


Senna sp. poisoning in livestock has been reported in several occasions in Brazil usually from southern Brazil and involving S. occidentalis as the culprit. The objective of this study is to report the occurrence of an outbreak of S. obtusifolia poisoning in cattle in the Pantanal Region of Mato Grosso do Sul, Brazil. In a herd of 313 heifers, 165 were affected and died (morbidity rate of 52.7% and lethality rate of 100%). The 313 heifers remained in the paddock infested by S. obtusifolia for 37 days. Clinical signs consisted of reluctance to move, incoordination, permanent sternal recumbency, decrease in the tonus of the tongue, alertness, myoglobinuria characterized by dark brown urine, and dry stools with or without mucus; or occasionally diarrhea with streaks of blood. The main gross findings in 12 necropsied cattle were in the skeletal muscles of the hind limbs, and were characterized by varying degrees of paleness of muscle groups. Histologically, the most relevant lesion was segmental multifocal degeneration and necrosis in striated skeletal muscles (multifocal lypolyphasic toxic degenerative myopathy). The epidemiological, clinical and pathological data allowed to conclude for the diagnosis of poisoning by S. obtusifolia in this outbreak.


Assuntos
Animais , Bovinos , Bovinos , Doenças Musculares/veterinária , Intoxicação por Plantas/veterinária , Senna (Planta) , Autopsia/veterinária , Fabaceae/toxicidade
9.
Pesqui. vet. bras ; 33(7): 867-872, jul. 2013. ilus, mapas, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-683229

RESUMO

The aim of this paper was to reproduce the poisoning of Ipomoea verbascoidea in goats and describe the epidemiological, clinical and pathological aspects of spontaneous poisoning by this plant in Pernambuco. For this, we studied the epidemiology of the disease in seven municipalities in the semiarid region of the State. Three spontaneously poisoned goats were examined and then euthanized and necropsied (Group I). To reproduce the disease, the dried leaves of I. verbascoidea containing 0.02% swainsonine were supplied at doses of 4g/kg (0.8mg swainsonine/kg) to two groups of three animals. The goats in Group II received daily doses of the plant during 40 days and were euthanized on the 41st day of the experiment. Goats from Group III received daily doses of the plant during 55 days and were euthanized on the 120th day of the experiment. Other three goats constituted the control group (Group IV). In experimental groups, the brain lesions were evaluated by histopathology; additionally the cerebellar lesions were evaluated by morphometry, by measuring the molecular layer thickness, the number of Purkinje cells and the area of the cell bodies of these cells. The main clinical signs and microscopic lesions in goats poisoned were similar to those reported by swainsonine containing plants. In goats of GII and GIII, the first nervous signs were observed between 22th and 29th days; clinically, the disease developed by these animals was similar to the spontaneous cases. The goats of GIII did not recover from the neurologic signs. These results show that the consumption of the plant by 26-28 days after observation of the first clinical signs is enough to cause irreversible damage. By morphometric analysis, the molecular layer of the cerebellum of the goats of Group I and III were thinner than those of goats in the control group, and Purkinje neurons were atrophic. It is suggested that these changes are responsible for the neurological picture observed in goats that stop eating the plant and have sequelae of poisoning.


O objetivo deste trabalho foi reproduzir a intoxicação por Ipomoea verbascoidea em caprinos e descrever os aspectos epidemiológicos, clínicos e histopatológicos da intoxicação espontânea por essa planta no Estado de Pernambuco. Para isso, realizou-se o acompanhamento da epidemiologia da doença em sete municípios do semiárido pernambucano. Três caprinos espontaneamente intoxicados foram examinados e, em seguida eutanasiados e necropsiados (Grupo I). Para reproduzir experimentalmente a doença, as folhas secas de I. verbascoidea contendo 0,02% de swainsonina, foram fornecidas na dose de 4g/kg (0,8mg de swainsonina/kg) a dois grupos de três animais. Os caprinos do Grupo II receberam a planta diariamente por 40 dias e foram eutanasiados no 41º dia de experimento. Os caprinos do Grupo III receberam a planta diariamente por 55 dias e foram eutanasiados no 120º dia de experimento. Outros três caprinos constituíram o grupo controle (Grupo IV). Nos grupos experimentais, as lesões encefálicas foram avaliadas por histopatologia e adicionalmente avaliaram-se as lesões cerebelares por morfometria, mediante mensuração da espessura da camada molecular, do número de neurônios de Purkinje e da área dos corpos celulares dessas células. Os principais sinais clínicos e lesões microscópicas foram semelhantes aos previamente reportados em animais intoxicados por plantas que contem swainsonina. Nos caprinos do GII e GIII, os primeiros sinais clínicos foram observados entre o 22º e 29º dia de experimento; clinicamente a doença desenvolvida por esses animais foi semelhante aos casos espontâneos. Nenhum dos caprinos do GIII se recuperou dos sinais neurológicos. Esse resultado evidencia que o consumo da planta por 26-28 dias após a observação dos primeiros sinais clínicos é suficiente para provocar lesões irreversíveis. Pela análise morfométrica, a camada molecular do cerebelo dos caprinos do Grupo I e III eram mais delgadas que às dos caprinos do grupo controle, e os neurônios de Purkinje estavam atróficos. Sugere-se que essas alterações sejam responsáveis pelo quadro clínico neurológico observado nos caprinos que deixam de ingerir a planta e apresentam seqüelas da intoxicação.


Assuntos
Animais , Intoxicação/veterinária , Ipomoea/toxicidade , Plantas Tóxicas/toxicidade , Convolvulaceae , Neurônios/enzimologia , Neurônios/química
10.
Pesqui. vet. bras ; 33(6): 719-723, June 2013. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-680785

RESUMO

A aversão alimentar condicionada é uma técnica que pode ser utilizada em animais para evitar a ingestão de plantas tóxicas. O presente estudo teve como objetivo testar a eficiência e durabilidade da aversão alimentar condicionada em caprinos para evitar o consumo de Ipomoea carnea subsp. fistulosa. Foram utilizados 14 caprinos jovens da raça Moxotó, que foram adaptados ao consumo da planta. Inicialmente foi administrada I. carnea subsp. fistulosa dessecada e triturada misturada à ração concentrada por 30 dias e, posteriormente, foi fornecida a planta verde por mais 10 dias. Para constatação da adaptação ao consumo da planta os caprinos foram colocados a pastar em um piquete de 510 m² onde tinha sido plantada I. carnea subsp. fistulosa em uma área de 30m² (10 plantas/m²). No 42º dia de experimento, após a constatação do consumo espontâneo os animais receberam a planta verde individualmente na baia por alguns minutos, e todos os animais que consumiam qualquer quantidade da planta foram tratados com uma solução de LiCl na dose 175mg por kg de peso vivo. Este procedimento repetiu-se por mais dois dias. Posteriormente, os caprinos foram divididos em dois grupos: Grupo 1 com seis animais, quatro deles avertidos e dois não avertidos (facilitadores); e o Grupo 2, com oito caprinos, todos avertidos. Para constatar a eficiência e duração da aversão e a influência de animais facilitadores na durabilidade da aversão, os caprinos foram colocados a pastar, em dias alternados, três dias por semana, durante duas horas, no piquete plantado com I. carnea subsp. fistulosa. Por 12 meses os animais foram monitorados durante o pastejo, identificando-se o consumo e a preferência dos animais pelas plantas presentes no piquete. No Grupo 1 tanto os caprinos avertidos quanto os não avertidos iniciaram a ingerir a planta em 1-6 semanas e gradualmente foram aumentando a planta consumida, mas nunca a ingeriram exclusivamente. Nenhum caprino do Grupo 2 iniciou a ingestão da planta durante os 12 meses de experimento. Após esse período a área do piquete destinada ao plantio de I. carnea subsp. fistulosa foi ampliada para 80m² e os animais foram novamente introduzidos, com tempo de pastejo na área aumentado para quatro horas durante cinco dias na semana. Nesta fase todos os caprinos do Grupo 1 ingeriram a planta em grande quantidade. Os caprinos do Grupo 2 iniciaram gradualmente a ingerir a planta e a aversão se extinguiu, em todos os animais, após dois meses. A concentração de swainsonina em I. carnea subsp. fistulosa foi de 0,052±0,05% (média±SD). Conclui-se que a aversão alimentar condicionada é eficiente para evitar a ingestão de I. carnea subsp. fistulosa. No entanto, a duração da mesma depende, entre outras coisas, da quantidade de planta presente na área de pastoreio e do tempo de exposição e se extingue rapidamente por facilitação social.


Conditioned food aversion is a technique that can be used to train livestock to avoid ingestion of poisonous plants. This study tested the efficacy and durability of conditioned food aversion to eliminate goat's consumption of Ipomoea carnea subsp. fistulosa. We used 14 young Moxotó goats, which were initially adapted to the consumption of the plant by offering dried I. carnea subsp. fistulosa with their concentrate diet for 30 days, and then subsequently providing green plant for another 10 days. To confirm the spontaneous consumption of the plant, the goats were allow to graze in a paddock of 510m² where I. carnea subsp. fistulosa had been planted in an area of 30m² (10 plants/m²). On day 42, 12 goats were offered fresh green plant individually in a pen for a few minutes, and after the consumption of any amount of the plant they were treated orally with a solution of LiCl at a dose 175mg per kg of body weight. This procedure was repeated for two more consecutive days. Thereafter, the goats were divided into two groups: Group 1 with four averted and two non-averted goats; and Group 2 with eight averted goats. To verify the efficacy and duration of aversion, both groups were introduced into the paddock with I. carnea subsp. fistulosa three days a week for two hours daily. In Group 1, with two non-averted and four averted goats, all animals started to ingest the plant after 1-6 weeks of grazing. They continually increased their consumption of the plant, but never consumed the plant exclusively. None of the goats of Group 2 goats started eating the plant during the 12 months of observation. After this period the area of the paddock planted with I. carnea subsp. fistulosa was expanded to 80 m² and grazing time was increased to four hours per day for five days a week. At this stage all the goats in Group 1 ingested the plant in large quantities. The goats from Group 2 gradually started to eat the plant and aversion was extinguished in all animals after two months. Swainsonine concentration of I. carnea subsp. fistulosa was 0.052±0.05% (mean ±SD). It was concluded that conditioned food aversion was effective in reducing goat consumption of I. carnea subsp. fistulosa, but the duration of aversion depends on the time of grazing and amount of plant available. However, the aversion was quickly extinguished by social facilitation when averted animals grazed with non-averted animals.


Assuntos
Animais , Convolvulaceae/toxicidade , Intoxicação/diagnóstico , Intoxicação/veterinária , Plantas Tóxicas/toxicidade , Cloreto de Lítio/toxicidade
11.
Pesqui. vet. bras ; 33(6): 731-734, June 2013. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-680787

RESUMO

Com o objetivo de comprovar se doses não tóxicas repetidas de Palicourea aeneofusca (Müll. Arg.) Standl. criam resistência à intoxicação, 12 caprinos foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos experimentais de seis animais cada. No Grupo 1 foi induzida resistência mediante a administração, durante quatro períodos alternados, de 0,02g/kg das folhas dessecadas de P. aeneofusca durante 5 dias, 0,02g/kg durante 5 dias, 0,03g/kg durante 5 dias e 0,03g/kg por mais 5 dias. Entre o primeiro e o segundo período de administração e entre o segundo e o terceiro período os animais não receberam planta por 10 dias consecutivos e entre o terceiro e quarto período de administração os animais permaneceram 15 dias sem ingerir a planta. Um caprino morreu subitamente quando estava recebendo 0,03 g/kg da planta, no terceiro período de administração. O Grupo 2 não foi adaptado ao consumo de P. aeneofusca. Quinze dias após a adaptação ao consumo de P. aeneofusca do Grupo 1, os dois grupos receberam P. aeneofusca na dose diária de 0,03g/kg durante 19 dias. A partir do 20º dia de administração continuada a dose diária de P. aeneofusca foi aumentada para 0,04g/kg. Esta dose foi administrada por mais 12 dias. Os animais que mostraram sinais clínicos foram retirados do experimento imediatamente após a observação dos primeiros sinais. Um caprino do Grupo 2 apresentou sinais clínicos de intoxicação e morreu no 12º dia de administração e dois apresentaram sinais clínicos no 24º dia; um se recuperou e outro morreu. Após finalizada esta fase do experimento e para comprovar se os caprinos que não tinham adoecido no Grupo 2 tinham também adquirido resistência, foi introduzido outro grupo com três caprinos. Esses três caprinos (Grupo 3), os cinco caprinos do Grupo 1 e os três sobreviventes do Grupo 2, ingeriram uma dose diária de 0,06g/kg. Os três caprinos do Grupo 3 adoeceram no terceiro dia após o início da ingestão, dois morreram em forma hiperaguda e o outro recuperou-se após 10 dias. Todos os caprinos dos Grupos 1 e 2 ingeriram P. aeneofusca na dose de 0,06g/kg/dia durante nove dias sem apresentar nenhum sinal clínico. Os resultados deste trabalho demonstram que a administração de doses não tóxicas repetidas de P. aeneofusca aumentam significativamente á resistência à intoxicação e que esta técnica poderia ser utilizada para o controle da intoxicação por P. aeneofusca e outras espécies de Palicourea com similar toxicidade. Os resultados de pesquisas anteriormente realizados sugerem que a resistência à intoxicação por plantas que contêm MFA é devida a proliferação de bactérias que degradam MFA no rúmen.


Palicourea aeneofusca (Müll. Arg.) Standl. is a toxic plant which contains sodium monofluoroacetate (MFA). With the objective to investigate if repeated non-toxic doses of P. aeneofusca induce resistance to the intoxication by this plant, 12 goats were distributed in two similar groups. In Group 1, resistance was induced by the administration of the dry plant, during four alternate periods: 0.02g/kg during 5 days, 0.02g/kg during 5 days, 0.03g/kg during 5 days, and 0.03g/kg during 5 days. Between the first and second period of administration and between the second and the third period, the goats did not ingest P. aeneofusca for 10 days. Between the third and the fourth administration period the goats did not ingest the plant during 15 days. One goat died suddenly during the third administration period when was ingesting 0.03g/kg. The goats from Group 2 were not adapted to the consumption of P. aeneofusca. Fifteen days after the end of the adaptation period in Group 1, both groups ingested dry P. aeneofusca in the daily dose of 0.03g/kg during 19 days. From day 20 the daily dose was increased to 0.04g/kg, which was ingested for 12 days. The goats that showed clinical signs were removed from the experiment immediately after the observation of first signs. One goat from Group 2 showed clinical signs of poisoning and died on the 12th day of ingestion, and two showed clinical signs on day 24th; one recovered and the other died. At the end of the 31 days administration period, a new group (Group 3) with three goats was introduced in the experiment to investigate if the goats that did not become poisoned in Group 2 had acquired resistance. The three goats from Group 1, five goats from Group 1, and three from Group 2 started to ingest a daily dose of 0.06g/kg of dry P. aeneofusca. On the third day of ingestion the three goats from Group 3 showed clinical signs. Two died suddenly and another recovered 10 days after the end of ingestion. All goats of Groups 1 and 2 ingested 0.06g/kg/day during nine days without showing clinical signs. These results demonstrated that non-toxic repeated doses of P. aeneofusca increase significantly the resistance to the poisoning, and that this technique possibly could be used to control the poisoning by P. aeneofusca or other toxic Palicourea species. The results of previous research work suggest that resistance is due to the proliferation of MFA degrading bacteria in the rumen.


Assuntos
Animais , Fatores R/toxicidade , Intoxicação por Plantas/veterinária , Técnicas e Procedimentos Diagnósticos/veterinária , Rubiaceae/toxicidade
12.
Pesqui. vet. bras ; 32(10): 1023-1029, out. 2012. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-654394

RESUMO

Metternichia princeps foi responsabilizada pelas mortes que ocorreram em caprinos em uma criação de cabras no município de Itaguaí, estado do Rio de Janeiro; comprovou-se sua toxidez em caprinos e em coelhos. No presente estudo os ovinos e bovinos também foram sensíveis à intoxicação pelas folhas de M. princeps. A menor dose que causou a morte dos ovinos foi 10g/kg e dos bovinos foi 20g/kg. A sintomatologia nas duas espécies foi pouco específica; a evolução da intoxicação experimental nos ovinos variou de 6h4min a 99h e nos bovinos foi de 4h46min a 75h30min. Nos achados de necropsia destacaram-se derrames cavitários e edemas, especialmente no tecido perirrenal (presente em 4 de 6 dos ovinos e em 2 de 3 bovinos). Muito características foram as alterações renais, sob forma de necrose coagulativa dos túbulos uriníferos no córtex renal (encontrada em 8 dos 9 bovinos, exceto em um, no qual a evolução da intoxicação foi muito breve, e em todos os 6 ovinos). Em 5 dos 6 ovinos foi constatada, adicionalmente, lesão hepática sob forma de uma tumefação difusa de todos os hepatócitos, alteração que não foi verificada nos bovinos.


Metternichia princeps, had been shown responsible for deaths of goats on a farm in Itaguaí county, state of Rio de Janeiro. Its toxicity was proved by experiments in goats and rabbits. In the present study sheep and cattle were shown also to be sensitive to poisoning by the leaves of M. princeps. The lowest lethal dose was 10g/kg for sheep, and 20g/kg for cattle. The clinical signs of the poisoning were little specific. The course of the experimental poisoning varied from 6h4min to 99h in sheep, and from 4h46min to 75h30min in cattle. The most important findings at postmortem examination in the experimental animals were excessive cavitary fluid accumulation and edemas, especially of the perirenal tissue (present in 4 of 6 sheep, and in 2 of 3 cattle). The most important microscopic lesion was coagulative necrosis of the uriniferous tubules in the renal cortex (found in 8 of 9 cattle, except in one in which the course of poisoning was very short, but in all 6 sheep). In 5 of 6 sheep a diffuse swelling of the hepatocytes was found, a change not seen in cattle.


Assuntos
Animais , Bovinos , Bovinos , Intoxicação por Plantas/veterinária , Ovinos , Solanaceae/toxicidade , Autopsia/veterinária , Sinais e Sintomas/veterinária
13.
Pesqui. vet. bras ; 32(2): 126-130, Feb. 2012. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-624096

RESUMO

Indigofera suffruticosa é uma planta invasora, ção. Em um caprino e um ovino foram realizados os testes que causa anemia hemolítica com hemoglobinúria em bo-de fragilidade osmótica, determinação de hemoglobina e vinos e, experimentalmente, anemia sem hemoglobinúria metemoglobina e pesquisa de corpúsculos de Heinz. Foi em cobaios. O objetivo deste trabalho foi determinar a comprovado que em caprinos e ovinos, I. suffruticosa cautoxicidade de I. suffruticosa para caprinos e ovinos. Par-sa anemia hemolítica sem hemoglobinúria com formação tes aéreas da planta foram administradas a seis caprinos de corpúsculos de Heinz. Os animais recuperaram-se da e quatro ovinos em doses diárias de 10, 20 e 40g por kg anemia, total ou parcialmente, mesmo com a continuidade de peso vivo, durante períodos de 2 a 24 dias. Foram ava-da administração da planta. Oito a 12 horas após a coleliados os parâmetros hematológicos (hematócrito, níveis ta observa-se pigmento azulado na urina. Sugere-se que o de hemoglobina e contagem de hemácias) e foi coletada pigmento seja anilina ou algum metabolito dessa substânurina para urinálise e observação de variações na coloracia e que a anilina seja o princípio ativo responsável pela hemólise causada por I. suffruticosa.


Indigofera suffruticosa is a weed, which causes hemolytic anemia and hemoglobinuriain cattle and, experimentally, anemia without hemoglobinuria in guinea pigs. With the objective to determinate the toxicity of I. suffruticosa to sheep and goats aerial parts of the plant were administrated to six goats and four sheep at daily doses of 10, 20 and 40g of fresh plant per kg body weight, during two to 24 days. Blood samples were collected daily for the determination of packed cell volume, hemoglobin concentrations, and red blood cells count. Urine was also collected daily for urine examination and observation of color changes. Osmotic fragility and blood concentrations of hemoglobin and methemoglobin were determined in one goat and one sheep. Anemia due to extravascular hemolysis, without hemoglobinuria, was observed in the experimental sheep and goats. Heinz bodies were observed in brilliant cresyl blue stained blood smears. There was total or partial recovery of the anemia in spite of the continued plant administration. Eight to 12 hours after collection a bluish pigment was observed in the urine. It is suggested that aniline is thetoxic compound of I. suffruticosa responsible for the hemolysis.


Assuntos
Animais , Coleta de Amostras Sanguíneas/veterinária , Indigofera/envenenamento , Indigofera/toxicidade , Ovinos/imunologia , Anemia/reabilitação , Hemoglobinúria/veterinária
14.
Pesqui. vet. bras ; 32(1): 37-42, Jan. 2012. ilus
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-614728

RESUMO

Ipomoea carnea subsp. fistulosa, aguapei or mandiyura, is responsible for lysosomal storage in goats. The shrub contains several alkaloids, mainly swansonine which inhibits lysosomal α-mannosidase and Golgi mannosidase II. Poisoning occurs by inhibition of these hydrolases. There is neuronal vacuolation, endocrine dysfunction, cardiovascular and gastrointestinal injury, and immune disorders. Clinical signs and pathology of the experimental poisoning of goats by Ipomoea carnea in Argentina are here described. Five goats received fresh leaves and stems of Ipomoea. At the beginning, the goats did not consume the plant, but later, it was preferred over any other forage. High dose induced rapid intoxication, whereas with low doses, the course of the toxicosis was more protracted. The goats were euthanized when they were recumbent. Cerebrum, cerebellum, medulla oblongata, pons and colliculi, were routinely processed for histology. In nine days, the following clinical signs developed: abnormal fascies, dilated nostrils and abnormal postures of the head, cephalic tremors and nystagmus, difficulty in standing. Subsequently, the goats had a tendency to fall, always to the left, with spastic convulsions. There was lack in coordination of voluntary movements due to Purkinje and deep nuclei neurons damage. The cochlear reflex originated hyperreflexia, abnormal posture, head movements and tremors. The withdrawal reflex produced flexor muscles hypersensitivity at the four legs, later depression and stupor. Abnormal responses to sounds were related to collicular lesions. Thalamic damage altered the withdrawal reflex, showing incomplete reaction. The observed cervical hair bristling was attributed to a thalamic regulated nociceptive response. Depression may be associated with agonists of lysergic acid contained in Ipomoea. These clinical signs were correlated with lesions in different parts of the CNS.


Ipomoea carnea subsp. fistulosa, aguapeí ou mandiyura, causa uma doença de depósito lisossomal em caprinos. A planta contém vários alcalóides, principalmente swansonine, que inibe uma α-mannosidase lisossomal e uma mannosidase II do Golgi. A intoxicação ocorre pela inibição dessas hidrolases. Há vacuolização neuronal, disfunção endócrina, lesões cardiovasculares e gastrointestinais e distúrbios imunológicos. No presente trabalho é descrita a intoxicação experimental por Ipomoea carnea subsp. fistulosa em caprinos da Argentina. Cinco cabras receberam folhas frescas e ramos de Ipomoea. No começo eles não consumiram a planta, mas depois ela foi preferida a qualquer outras forrageiras. Altas doses induziram uma intoxicação rápida, enquanto que com doses baixas demora mais tempo. As cabras foram sacrificadas quando ficavam em decúbito. Cérebro, cerebelo, medula oblonga, ponte e colículos foram processados rotineiramente para histologia. Aos nove dias, encontramos: fascie anormal, narinas dilatadas, posturas anormais da cabeça, tremores cefálicos e nistagmo, dificuldade para permanecer na estação. Posteriormente, presentearam a tendência de queda, sempre à esquerda, com convulsões espásticas. Os neurônios de Purkinje e os os núcleos profundos foram danificados. Como conseqüência, emergiu a falta de coordenação de movimentos voluntários. A hiper-reflexo coclear originou postura anormal, movimentos de cabeça e tremores. A retirada produz reflexos hipersensibilidade nos flexores dos quatro membros, depois depressão e letargia. As respostas anormais estão ligadas a lesões do colículo. Injurias no tálamo alteram o reflexo de retirada, mostrando uma reação incompleta. Os pelos eriçados da região cervical podem representar uma resposta nociceptiva também regulada pelo tálamo. A depressão pode estar associada com agonistas do ácido lisérgico presentes na Ipomoea. Esses sintomas estão relacionados com lesões em diferentes partes do SNC.


Assuntos
Animais , Autopsia/veterinária , Cabras/metabolismo , Intoxicação por Plantas/veterinária , Microscopia Eletrônica de Transmissão/veterinária , Células de Purkinje , Doenças do Sistema Nervoso/induzido quimicamente , Doenças do Sistema Nervoso/veterinária , Patologia Veterinária
15.
Pesqui. vet. bras ; 31(12): 1053-1058, dez. 2011. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-611201

RESUMO

Descreve-se a ocorrência de calcinose enzoótica em búfalos no município de Poconé, Mato Grosso, associado ao consumo de Solanum glaucophyllum (Sg) [=Solanum malacoxylon]. Os casos foram observados entre os anos de 2007 e 2009. Em um rebanho de 40 búfalos, cinco apresentaram emagrecimento progressivo, dorso arqueado, marcha rígida, por vezes com dificuldade para se levantar e locomover, permanecendo apoiando sobre os carpos.Três animais recuperaram-se parcialmente e dois foram eutanasiados in extremis. Os principais achados de necropsia foram calcificação de tecidos moles, principalmente em artérias de grande e médio calibres. A presença de S. glaucophyllum nas pastagens, os sinais clínicos, além dos achados ultrassonográficos e patológicos envolvendo múltiplas calcificações de tendões e outros tecidos, são compatíveis com intoxicação por Solanum glaucophyllum.


This report describes the occurrence of enzootic calcinosis in buffaloes in the municipality of Pocone, Mato Grosso, due to the consumption of Solanum glaucophyllum (Sg) [=Solanum malacoxylon]. The cases were observed in the years 2007 and 2009. In a herd of 40 buffaloes, five showed weight loss, arched back, stiff gait, sometimes difficulty to raise and walk, and leaning on the carpus. Three buffaloes recovered partially and two were euthanized in extremis. The main necropsy findings were calcification of soft tissues, especially of large and medium arteries. The presence of S. glaucophyllum in the pasture, clinical signs, in addition to the sonographic and pathologic calcification involving tendons and other tissues, are consistent with Solanum glaucophyllum poisoning.


Assuntos
Animais , Bovinos , Búfalos , Calcinose/diagnóstico , Calcinose/veterinária , Solanum glaucophyllum/envenenamento , Aorta/fisiologia , Artérias Carótidas/fisiologia , Glicosídeos/toxicidade , Ultrassonografia/veterinária
16.
Pesqui. vet. bras ; 31(9): 737-746, set. 2011. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS, VETINDEX | ID: lil-602164

RESUMO

Esse estudo teve por objetivo demonstrar experimentalmente que Tetrapterys acutifolia Cav. (fam. Malpighiaceae) é capaz de provocar aborto em bovinos e caracterizar as alterações clínico-patológicas nas vacas e nos fetos. Estas plantas são responsáveis por significativo número de mortes em bovinos com mais de um ano de idade, especialmente nos Estados de Rio de Janeiro e São Paulo, mas até agora não havia sido comprovado experimentalmente seu efeito abortivo em bovinos. Os experimentos foram realizados no município de Barra do Piraí, RJ. Quatro vacas de descarte receberam brotos e folhas novas frescas de T. acutifolia, coletadas em propriedades vizinhas, nas doses de 2,5g/kg/dia, 5,0g/kg/dia (2 vacas) e 10g/kg/dia, até ocorrer o abortamento. O quadro clínico nas vacas caracterizou-se por arritmia cardíaca, tremores musculares, anorexia, ascite, jugular ingurgitada, edema de peito e barbela e aborto (23-76 dias após o início da ingestão da planta); todas as vacas abortaram. Das quatro vacas apenas uma (a que recebeu 10g/kg/dia) morreu 36 dias após o abortamento, com sintomas de insuficiência cardíaca. O exame necroscópico dos fetos/natimortos revelou hidrotórax, hidropericárdio, hidroperitônio e congestão hepática; ao corte do miocárdio, verificaram-se áreas pálidas. No exame histológico havia edema intersticial com fibrose incipiente. Na vaca que recebeu a maior dose e foi a óbito, bem como em outra intoxicada naturalmente, os achados de necropsia foram similares aos observados nos fetos, exceto pela dilatação dos vasos da base do coração e mais acentuada palidez do miocárdio. Observaram-se ainda edema subcutâneo nas regiões cervical e esternal, bem como veias jugulares ingurgitadas. Os achados histopatológicos foram necrose e edema intersticial com acentuada fibrose no miocárdio, espongiose da substância branca do encéfalo e, no fígado, congestão e leve fibrose. Adicionalmente, observou-se na vaca intoxicada espontaneamente, 17 dias após o aborto, arritmia cardíaca, jugular ingurgitada, edema de peito e barbela, anorexia com morte 43 dias após o aborto. Este estudo demonstra que Tetrapterys acutifolia é capaz de induzir aborto e, dependendo da dose, ainda causar a morte das vacas que abortarem.


Tetrapterys acutifolia Cav. (fam. Malpighiacae) stands out among the most important toxic plants of the Brazilian Southeast Region. These plants are responsible for a significant number of deaths in over 1-year-old cattle, especially in the states of Rio de Janeiro and São Paulo. This study aims to demonstrate that T. acutifolia is also able to induce abortion in cattle and to characterize the clinic-pathological alterations in cows and fetuses. Four cows, kept on pasture were used in the experiments which were performed on a farm in the county of Barra do Piraí, RJ, Brazil. The sprouts and young leaves of T. acutifolia were collected from the vicinity shortly before disposed in a trough. The experimental cows ingested the plant material at doses of 2.5g/kg/day (one cow), 5g/kg/day (two cows) and 10g/kg/day (one cow) until abortion occurred. All four cows aborted. The cows showed cardiac arrhythmia, muscular tremors, anorexia, ascites, distended jugular veins, edema of the sternal region and dewlap, and abortion (23 to 76 days after the beginning of ingestion of the plasnt) from the 5th to the 28th day of the experiment. Only one cow which received 10g/kg/day died with characteristic signs of heart failure, 36 days after she had aborted. Gross examination of the fetuses revealed hydrothorax, hydropericardium, hydroperitoneum, nutmeg appearance of the liver, few petechiae and ecchymoses in the epicardium, and pale areas in cross sections of the myocardium. The main postmortem findings in the cow that died were hydrothorax, hydropericardium and hydroperitoneum, engorged vessels at the heart base, exceedingly pale heart muscle with marked spots and stripes in cross sections. Distended jugular veins and severe edema in the sternal region and the abdominal wall were also observed. Histological examination of the fetal hearts revealed interstitial edema with incipient fibrosis and degenerative/necrotic changes of the myocytes. In the succumbed cow was found interstitial fibrosis, as well as necrotic areas and/or necrosis of individual myocytes in extensive portions of the heart, besides passive congestion of the liver. This study shows that Tetrapterys acutifolia can induce abortion in cattle and, depending on the dosage, can cause death.


Assuntos
Animais , Bovinos , Intoxicação por Plantas/veterinária , Plantas Tóxicas , Aborto Animal , Malpighiaceae/toxicidade , Hidropericárdio , Histologia , Hidrotórax/veterinária , Miocárdio
17.
Pesqui. vet. bras ; 31(8): 702-706, ago. 2011. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-602158

RESUMO

Descreve-se um surto de intoxicação por Senna occidentalis em javalis no Estado de Goiás. De um rebanho de 80 javalis, 15 adoeceram e um morreu. Os sinais clínicos observados foram apatia, prostração, ataxia, tremores musculares, incoordenação, relutância em mover-se, decúbito esternal ou lateral, paresia e paralisia espástica, principalmente dos membros pélvicos. As principais alterações macroscópicas consistiam de palidez moderada a acentuada da musculatura esquelética dos membros pélvicos e torácicos e no lombo, especialmente nos músculos da coxa. Microscopicamente, observou-se degeneração e necrose flocular, multifocal, leve a moderada, monofásica, com fragmentação de fibras na musculatura esquelética. Nos cortes transversais, havia fibras musculares tumefeitas e hipereosinofílicas. Adicionalmente, havia degeneração microvacuolar hepatocelular difusa, leve a moderada. A atividade sérica da CK estava acentuadamente elevada em dois javalis avaliados e da TGO aumentou em um javali afetado.


An outbreak of poisoning by Senna occidentalis in wild boars in Goiás, Brazil, is described. Out of 80 wild boars, 15 were affected and one died. Clinical signs included apathy, muscle tremors, incoordination, reluctance to move, sternal or lateral recumbence, and paresis and spastic paralysis, especially in the hind limbs. Gross lesions were characterized by moderate to severe paleness of the skeletal muscles of the hind and thoracic limbs and loin, and were marked in the thigh muscles. Histologically, a monophasic, mild to moderate, multifocal floccular muscle degeneration and necrosis with skeletal fiber sarcoplasmic fragmentation was observed. In transverse sections there were multiple swollen and hypereosinophilic muscle fibers. In addition, mild to moderate, diffuse microvacuolar degeneration was seen in the liver. Creatine phosphokinase serum activity was severely elevated in two evaluated wild boars. In one of them, there was elevation of glutamic oxaloacetic transaminase serum activity.

18.
Pesqui. vet. bras ; 31(7): 603-609, July 2011.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-600938

RESUMO

Este trabalho teve por objetivo revisar os principais aspectos da intoxicação por Senecio spp. no Rio Grande do Sul no que se refere à patologia, patogenia e epidemiologia dessa importante causa de morte em bovinos nesse Estado. Foram abordados, também, os principais fatores climáticos e ambientais que aparentemente favorecem a emergência e o estabelecimento da planta e a ocorrência da intoxicação, que tem aumentado a sua frequência nos últimos anos no Estado, e as possíveis formas de controle da planta incluindo o manejo correto do solo e a utilização de espécies domésticas menos susceptíveis nas áreas invadidas.


The study aimed to review the main aspects of Senecio spp. poisoning in Rio Grande do Sul, sou-thern Brazil, in relation to the pathology, pathogenesis and epidemiology of this important cause of death in cattle in that State. The main climatic and environmental factors that apparently favor the emersion and plant establishment were revised. The occurrence of poisoning, which has increased its frequency in recent years in the state, and possible ways to control the plant, including the correct handling of soil and the use of less susceptible domestic species in invaded areas were also discussed.

19.
Pesqui. vet. bras ; 31(6): 465-470, jun. 2011. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-593221

RESUMO

Um surto de intoxicação espontânea por Portulaca elatior foi diagnosticado no município de Aroeiras, Paraíba, na época das chuvas. Entre os meses de fevereiro e abril, em um rebanho de 316 caprinos, 16 adoeceram, sendo 15 de um lote de 16 caprinos que tinham sido introduzidos recentemente na fazenda e um animal do rebanho já existente na fazenda. Os caprinos apresentaram intensa salivação, relutância em se movimentar, tremores de lábios, marcha incoordenada, diarreia, timpanismo, dor abdominal, gemidos, desidratação e berros constantes. A evolução da enfermidade variou de 2 a 48 horas; 13 caprinos morreram e três se recuperaram. As lesões macroscópicas caracterizavam-se por mucosa ruminal e do retículo avermelhadas, serosa do rúmen hemorrágica, mucosa abomasal avermelhada com áreas ulceradas e mucosa do intestino delgado com equimoses. No exame histopatológico observou-se degeneração e necrose das células epiteliais dos pré-estômagos com formação de vesículas e infiltrado inflamatório neutrofílico. Suspeita de ter causado o surto, Portulaca elatior foi administrada a três caprinos nas doses de 40, 20 e 10 gramas de planta fresca por kg de peso animal (g/kg). Esses caprinos apresentaram sinais semelhantes aos casos espontâneos. Os animais que ingeriram 20 e 40g/kg morreram e o que ingeriu 10g/kg se recuperou. Microscopicamente foram observadas lesões do sistema digestivo semelhantes às dos casos espontâneos. A reprodução experimental da intoxicação, com sinais clínicos e lesões histológicas semelhantes às dos casos espontâneos, comprova que a doença foi causada por Portulaca elatior. P. elatior apresentou níveis de oxalatos de 6,37 por cento e outra planta, identificada como Blutaparon vermiculare e que ocorria em grande quantidade nas pastagens, apresentou níveis de oxalatos de 5,29 por cento. B. vermiculare foi administrada experimentalmente a um caprino na dose de 40g/kg, sem que o animal apresentasse sinais clínicos[...]


An outbreak of poisoning by Portulaca elatior was diagnosed in the state of Paraíba, northeastern Brazil, during the rainy season. Between February and April, 16 out of 316 goats were affected and 13 died. Fifteen of the affected animals were from a flock of 16 goats introduced on the farm at the beginning of the rainy season. Clinical signs were intense salivation, reluctance to move, lip tremors, slight uncoordinated gait, diarrhea, bloat, abdominal pain, groans, dehydration and constant bellowing. The course of the disease ranged from 2 to 48 hours; 13 goats died and three recovered. Gross lesions were reddening of the mucosa of rumen and reticulum, hemorrhages in the ruminal serosa, ulcerations of the abomasal mucosa, and ecchymoses in the small intestinal mucosa. Histological examination revealed degeneration and necrosis of epithelial cells with vesicle formation in the fore stomachs associated with infiltration by neutrophils. Suspected to have caused the outbreak, Portulaca elatior was administered experimentally to three animals at doses of 40, 20 and 10 grams of the fresh plant per kg bodyweight, respectively. The goats that ingested 20 and 40g/kg died, and the one that ingested 10g/kg showed clinical signs but recovered. These animals showed similar clinical signs and histological lesions as those seen in the goats poisoned spontaneously, demonstrating that the disease was caused by the ingestion of Portulaca elatior. Oxalate concentration were determined in P. elatior and in another plant identified as Blutaparon vermiculare. P. elatior contained 6.37 percent of total oxalates and B. vermiculare 5.29 percent. B. vermiculare was administered experimentally to one goat at a dose of 40g/kg, without causing clinical signs. These results and the absence of oxalate crystals in the digestive system and kidneys of the goats necropsied suggest that poisoning by P. elatior is not caused by high oxalate concentration in the plant.


Assuntos
Animais , Portulaca/envenenamento , Portulaca/toxicidade , Ruminantes
20.
Pesqui. vet. bras ; 31(6): 477-481, jun. 2011. ilus, graf, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-593223

RESUMO

Passiflora foetida is mentioned as a toxic plant by farmers in northeastern Brazil. This research aimed to establish the toxicity of P. foetida for goats, in different seasons of the year, and to determine its toxic compound. Initially, the plant collected two days before administration was non toxic at the daily dose of 40g per kg of body weight (g/kg) given during two days. Furthermore, the plant was administered immediately after collection at a dose of 4-8g/kg to four goats. The animal that ingested 8g/kg showed severe clinical signs, but recovered after treatment with sodium thiosulfate. The other three goats showed mild signs of poisoning and recovered spontaneously. The plant was then administered during different seasons to 23 goats at the dose of 10g/kg. The plant was significantly (P<0.05) more toxic during the dry season than during the rainy season; 11 out of 14 goats that received the plant in the dry season showed clinical signs, but only 3 out of 13 goats that ingested the plant during the rainy season had signs. All goats with clinical signs recovered after the administration of sodium thiosulfate. Clinical signs were apathy, tachycardia and tachypnea, jugular venous pulse, incoordination, bellowing, mydriasis, and sternal recumbence followed by lateral recumbence. Before each administration the plant was tested for cyanide by the picric acid paper test to estimate the cyanide concentration in the plant, which was defined as slight, moderate, high, and very high. Samples with slight reaction were not toxic, those with moderate reaction induced mild signs of poisoning, and those with high reaction induced severe clinical signs. Samples with very high concentrations of cyanide were not observed. The results demonstrated that P. foetida is a cyanogenic plant, which causes poisoning after the ingestion of fresh leaves, mainly during the dry period.


Passiflora foetida é mencionada por produtores da região Nordeste como causa de intoxicação espontânea em animais. Este trabalho teve por objetivos avaliar a toxicidade de P. foetida em caprinos e determinar seu princípio ativo e a época do ano em que a mesma é tóxica. Inicialmente a planta administrada em duas doses diárias de 40g por kg de peso animal (g/kg) coletada dois dias antes da administração não resultou tóxica. Posteriormente a planta administrada imediatamente após a coleta resultou tóxica nas doses que variaram de 4 a 8 g/kg, em quatro caprinos. O animal que recebeu 8g/kg apresentou sinais clínicos graves e recuperou-se após a administração de tiossulfato de sódio. Os demais caprinos apresentaram sinais menos graves e se recuperaram espontaneamente. Posteriormente, a planta foi administrada em diferentes épocas a 23 caprinos na dose de 10g/kg. A planta foi significativamente mais tóxica (P<0,05) na época seca; no total, dos 14 caprinos que receberam a planta na época seca, 11 apresentaram sinais clínicos de intoxicação e dos 13 caprinos que receberam a planta na época das chuvas, apenas 3 apresentaram sinais clínicos. Todos os animais que apresentaram sinais clínicos, se recuperaram após a administração de tiosulfato de sódio. Os sinais clínicos caracterizavam-se por apatia, pulso venoso positi-vo, ataxia, berros, taquicardia e taquipneia, midríase e decúbito esternal seguido por decúbito lateral. Antes de cada administração era feito o teste do papel picrosódico para estimar o teor de cianeto na planta, classificando a reação em discreta, leve, moderada e acentuada. As amostras com reação discreta não apresentaram toxicidade, as com reação leve induziram sinais leves e as com reação moderada causaram sinais graves ou moderados de intoxicação. Não foram observados testes com reação acentuada. Os resultados do trabalho demonstram que P. foetida é uma planta cianogênica que causa intoxicação após a ingestão das folhas frescas[...]


Assuntos
Animais , Plantas Tóxicas/envenenamento , Plantas Tóxicas/toxicidade , Ruminantes
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